sábado, 13 de dezembro de 2014

"Isso não é música, isso não é rock n roll para mim" diz Ian Gillan


A Wikimetal entrevistou uma das maiores vozes do Heavy Metal, Ian Gillan, que foi um dos fundadores do Deep Purple e também já chegou a cantar com toda a formação original do Black Sabbath substituindo o Ozzy. O véio já tá na área há muitas décadas e foi perguntado sobre as diferenças na produção e a entrada da tecnologia no mercado.

“Quando os computadores foram inventados tomaram o lugar de Jim Marshall (fundador da Marshall amplificadores). Eles são ferramentas para músicos mais novos. E então passam a falar com uma voz diferente”
“Semana passada, eu ouvi na TV alguém dizendo que para ser um músico de qualidade você não precisa estar apto para tocar algum instrumento. E, claro, é verdade. Mas eles não são músicos, eles são operadores de computador. Apertam botões que criam ritmos e sons e simplesmente ignoram o que aconteceu lá atrás. Eu sei que existem muitas mudanças e as vejo a cada cinco ou dez anos – algo que surgiu em Seattle ou Manchester. Era a época do Oasis, depois veio a febre do grunge e todas essas coisas vão se substituindo. Simplesmente, é uma questão de tendência que tragicamente atingiu pessoas nas grandes cidades, e então a mídia utilizou seus meios para a tornar massiva. Isso é bom, é legal, e é assim que é a moda. Mas isso não é música, e não é rock ‘n roll para mim. Nos dias atuais, as pessoas escutam música com os olhos e não com os ouvidos.”
“Eu estava falando sobre a excelência nas gravações, a qualidade do som. Isso foi absolutamente um parâmetro - de volta ao passado - que o som era gravado na melhor qualidade possível. Você escuta o álbum “Pet Sounds” dos Beachs Boys e a produção de George Martin para os Beatles e dá atenção às novas versões das músicas de Elvis Presley; é impecável. Goste você do estilo ou não. Ninguém se importa com o som. As MP3 soam como merda. Eu digo, é realmente como se fosse lixo. Não é pela música, porque todos vocês escutam algo como uma mosca no pote de geleia ou abelha na garrafa (risos). É revoltante."
“Eu faço sempre algumas audições, todos os dias. Tem algumas que você pode escutar como se soasse como o coração do oceano atlântico. Pelo barulho, é algo triste. Aí você me pergunta sobre como as coisas mudaram, eu falo, talvez tenham existido um avanço em certas áreas, mas não me importo com isso e sim com a qualidade do produto.”




É... ele fez um comentário justo, apesar de ser maluco beleza.

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