sexta-feira, 26 de setembro de 2014

10 músicas resumindo...


Terrence...?

Michael...?

Joseph...?

"Geezeeeeeeeeeer"

BUTLER!

\m/ u.u \m/


Eu tava tentando ler um livro enorme em inglês, mas está tendo muito barulho na minha casa, então resolvi desistir e adiantar esse post. O último teve um comentário e trinta visualizações... como eu achei legal, resolvi continuar, vamos ver como a coisa anda. Agora o post é dedicado ao baixista do Black Sabbath. Por que o baixista do Black Sabbath?! Porque tudo que o Black Sabbath já disse pra você, quase cada palavra que o Ozzy Osbourne cantou, quase tudo foi escrito por ele, Geezer Butler!


Com o jeito meio fechado e às vezes chegando a parecer meio antipático, Butler guarda um grande talento crítico e artístico. Em 67 ele tocava guitarra na banda "Rare Breed" que tinha Ozzy Osbourne nos vocais. Foi em 69, junto a Tony Iommi (guitarra) e Bill Ward (bateria) que eles fundaram o "Black Sabbath", famoso por fundar o Heavy Metal e a música pesada de uma forma geral. Além de ter uma sonoridade assustadora, as letras pesadas que trazem toda a mitologia da banda se devem a esse cara. 












"Eu nunca tinha pego um baixo antes do Sabbath começar" Geezer Butler.



10.N.I.B.


"Now I have you, with me, under my power! Our love grow stronger now with every hour! Look into my eyes, you'll see who I am. My name is Lucifer, please take my hand!"

Com introdução do próprio baixista, N.I.B. é a polêmica música que fala explicitamente de Satanás. No álbum de estreia que se chama justamente "Black Sabbath", essa canção já marca narrando (em primeira pessoa) o Demônio tomando a vida de uma vítima. A ideia da banda era chamar atenção deixando as pessoas com medo como em filmes de terror. Inclusive foi de um filme que eles tiraram o próprio nome.

E tudo começa...
OBS.: O nome da música já causou muita polêmica quanto ao seu significado, mas na real significa "nib", ponta de caneta. Eles deram esse nome porque não conseguiam pensar em outra coisa e a barba do baterista Bill Ward lembrava a ponta de uma caneta para eles...

9.Wicked World


"A politician's job they say is very high, for he has to choose who's to got to go and die. They can put a man on the moon quite easy, while people here on Earth are dying of old diseases."

Fechando o álbum "Black Sabbath", vinha Wicked World, que já revela o lado seco e realista de Butler sobre tudo o que se passa na humanidade. Letras que ele escreveu com vinte anos. Em vários pontos o Sabbath se mostrava uma banda que se resumia a garotos insatisfeitos e revoltados, passando tudo para as composições pesadas, que os próprios definem como um blues distorcido.


"Enquanto houver garotos chateados, o heavy metal continuará existindo." Ozzy Osbourne

8.War Pigs


"Now in darkness world stops turning... Ashes where the bodies burning... No more War Pigs have the power... Hand of God struck the hour."

O hino anti-guerra do metal, uma das músicas mais famosas do Sabbath. A banda admitia nem saber exatamente do que se tratava a guerra, mas não gostavam da ideia dos jovens estarem sendo mandados para matar e morrer. A canção abre o álbum "Paranoid", que originalmente ia se chamar "War Pigs" mesmo, mas eles mudaram pois não queriam arranjar problemas com o governo. A banda afirmou ter tido um momento tocante quando em um de seus shows um grupo de deficientes que haviam perdido os seus membros lutando na guerra se reuniram no show levantando placas se identificando durante a antológica música War Pigs. O final da letra já mostra as ideias apocalípticas de Juízo Final que Geezer usa incansavelmente.



"Não importa em quem você vote, continuam sendo os mesmos bilionários que comandam o mundo." Geezer Butler

7.Iron Man


"Nobody wants him, he just stares at the world, planning his vengeance that he will soon unfold. Now the time is here, for Iron Man to spread fear. Vengeance from the grave, kill the people he once saved."

Iron Man mostra o apego de Butler por histórias de ficção, já que a letra narra a história do "Iron Man". Nada a ver com o personagem da Marvel, se trata de uma criatura que vê a humanidade destruída no futuro, aí quando volta ao passado para alertá-la é ignorado e zombado, em vingança se tornando a própria causa do Fim.

6.Under The Sun


"So, believe what I tell you, is the only way you will find in the end. Just believe in yourself, you know you really shouldn't have to pretend. Don't let those empty people try and interfere with your mind. Just live your life and leave them all behind."

Falando de Deus e Satanás o tempo inteiro não foi difícil para o Black Sabbath se tornar uma das bandas mais polêmicas da história. Com "Under The Sun" Butler faz uma letra indiferente narrando sobre alguém que não liga para as regras e crenças impostas, preferindo procurar a verdade dentro de si mesma.

5.National Acrobat


"Well, I know is hard for you to know the reason why. And I know you'll understand more when it's time to die. Don't believe the life you have will be the only one. You have to let your body sleep to let your soul live on."

Acho que já houveram exemplos o suficiente de como Geezer voava alto e mergulhava fundo nas suas letras. Em "National Acrobat" ele mistura várias ideias abstratas sobre a vida, depois dela, o corpo e a alma, dando em bem... uma bela de uma viagem. O que vale o destaque dessa sobre as outras é a impressão que a mensagem da letra é gritada contra você, não simplesmente sugerida  ou humildemente compartilhada como acontece em outras como "Under The Sun". E o solo no final talvez seja o melhor da banda...

4.Detective 27


"Shadow of the Bat, knows his mind and where it's at. A normal life will never be for a lonely man inside a dream. Fighting for the cause of justice, legendary in his mind. Protector of the innocent, he is waiting for his time."

Seria absurdo montar essa lista sem dedicar ao menos um ponto ao "G/Z/R". Todos os membros do Black Sabbath tiveram carreiras solo depois que a banda terminou, o baixista fez a "Geezer Butler Band", mas durou pouco, com ele posteriormente montando o G/Z/R (que costumam chamar apenas de "geezer") junto ao seu sobrinho, Pedro Howse, que tocava a guitarra. O vocal era com Burton C. Bell, do Fear Factory. Tem nada a ver com o Sabbath e a ideia era justamente essa. Geezer estava com saudades de escrever e com o G/Z/R teve total liberdade, com aqueles seus temas críticos de ficção. Grande parte das letras são sobre robôs, alienígenas e eu não podia ter pego um exemplo melhor para o Blog do que "Detective 27", que fala... do Batman!

Detective Comics #27
Tanananananana! Mencionando elementos da mitologia do personagem, a composição fala de um homem alienado que apenas vive em casa se entretendo com quadrinhos e filmes do personagem, esperando pelo dia em que poderá vive-lo realmente se tornando o herói no mundo real. O refrão e título da música é referente ao primeiro gibi em que Batman chegou marcando o universo do entretenimento: Detective Comics #27.


A banda tem uma sonoridade muito mais "bagunçada" que o Sabbath, não agradando muitos dos fãs que Butler fez no início da carreira. De qualquer forma, eles já lançaram quatro álbuns e foram um dos primeiros conjuntos do estilo de Metal Industrial/Nu Metal.

3.TV Crimes


"Holy father, holy ghost. Who's the one who pays the most? Rock the cradle, don't you cry! Buy another lullaby!"

Depois da fase com Ozzy, a mais popular do Sabbath foi a com Ronnie James Dio nos vocais (por acaso, foco do último post dessa série). Depois do famoso álbum "Heaven and Hell", Butler pôde trabalhar em letras junto com o genial Dio. Butler dificilmente mudou o estilo de suas letras, focando sempre nos problemas destrutivos do mundo, seja por guerra, loucuras ou poluição. Em "TV Crimes" do álbum "Desuhmanizer" canta-se de forma rápida passando a ideia de uma rotina corrida sendo que no final sobram apenas apelos sufocados "That's what I need, somebody to love", nisso sendo cometidos os "Crimes de TV".


2.Age of Reason


"Always felt that there'd be trouble. Mass distraction hides the truth. Prozac days and sleepless hours, seeds of change that don't bear through. Oh yeah! These times are heavy, and you're all alone. The battle is over, but the war goes on. Politics, religion, love for money too. Is what the world was built for, but not for me and you."

Em 2013, Geezer, Ozzy Osbourne e Tony Iommi se reuniram para comemorar a formação original do Black Sabbath. O álbum se chamou "13" e as letras de Butler continuaram agradando e chamando atenção. Quando perguntado sobre ainda estar escrevendo sobre os mesmos temas de quando começou, a resposta de Geezer foi que :"(...) os temas estão mais atuais do que nunca", provando assim que suas músicas foram, até o momento, atemporais, conquistando fãs de diferentes gerações. No álbum há

Dear Father, sobre os abusos de um padre
Methademic, sobre drogas
God is Dead?, refletindo, mais uma vez, sobre religião
Pariah, sobre crenças e ideias individuais

Por fim, o álbum ficou em primeiro lugar nas paradas, teve uma turnê mundial de sucesso e ainda rendeu um Grammy para os velhos metaleiros. Acredito que "Age of Reason" resuma bem as ideias do álbum.

1.Children of the Grave


"So you children of the world, listen to what I say. If you want a better place to live in, spread the word today. Show the world that love is still alive, you must be brave. Or you children of today are Children of the Grave? Yeah!"

Children of the Grave é do terceiro álbum da banda, "Masters of Reality". Assim como War Pigs, é um hino anti-guerra em que Geezer discute sobre a sua fé nas crianças para melhorar o mundo, ponto que se repete em algumas outras composições dele. É não só um dos melhores feitos da banda, mas de todo o Heavy Metal, comprovando que Geezer e os outros tinham combustível criativo o suficiente para se manter quebrando tudo por várias décadas. Apesar do tom que poderia ser julgado por muitos como "pessimista", Children of the Grave prova que algumas letras de Butler demonstravam opções para que o mundo deixe de ser a bagunça que se tornou, sempre destacando o Amor como melhor solução. Assim como outros da época como Alice Cooper, eram muitas vezes descritos como anti-hippies, preferindo encarar a realidade do mundo do que falando só de amor.


"Eu não sinto um pingo de esperança. É um desapontamento que depois de todos esses anos nós ainda estejamos lutando guerras sem significado por uma minoria de pessoas." Geezer Butler





















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